Fátima Valente*
As comparações com Lisboa são inevitáveis. Ele é a luz branca inconfundível, o casario que se estende até ao Bósforo, ou uma das pontes que o atravessa que bem podia ser a 25 de Abril. São as sete colinas e os sons dos eléctricos; é a sensação de se estar longe e em casa... afinal estamos na Europa e na Ásia
A entrada da Turquia na União Europeia ainda é uma incógnita e não parece tirar o sono aos cerca de 12 milhões de habitantes de Istambul, até porque, antes disso, em 2010, a cidade será capital da cultura. Mas a palavra integração é algo que não precisa de se ouvir nas ruas, basta olhar-se à volta para se perceber que aquela que já não é a capital do país (foi-o no tempo do Império Otomano, Império Romano do Oriente e desde a fundação da República até 1923), continua a ser a capital do multiculturalismo.
Séculos e séculos de história testemunham a convivência e as marcas alternadas de muçulmanos e minorias de cristãos e judeus. E as mesquitas, igrejas e palácios antigos dos sultões estão lá para o confirmar.
Com um legado arquitectónico de que poucas cidades se podem orgulhar, às vezes opulente, às vezes exuberante, Istambul, ou Bizâncio e Constantinopla, (conforme a sucessão dos impérios), exibe a beleza postal dos minaretes mas também as estátuas de Atatürk. A imagem do fundador da República (1923), conhecido como o pai da Turquia, está um pouco por toda a cidade e remete para o conceito de modernidade que o mesmo procurou instituir. Resultado? O conjunto sai a ganhar e o contraste é ainda mais apetecível.
As comparações com Lisboa são inevitáveis. Ele é a luz branca inconfundível, o casario que se estende até ao Bósforo, ou uma das pontes que o atravessa que bem podia ser a 25 de Abril. São as sete colinas e os sons dos eléctricos; é a sensação de se estar longe e em casa... afinal estamos na Europa e na Ásia
A entrada da Turquia na União Europeia ainda é uma incógnita e não parece tirar o sono aos cerca de 12 milhões de habitantes de Istambul, até porque, antes disso, em 2010, a cidade será capital da cultura. Mas a palavra integração é algo que não precisa de se ouvir nas ruas, basta olhar-se à volta para se perceber que aquela que já não é a capital do país (foi-o no tempo do Império Otomano, Império Romano do Oriente e desde a fundação da República até 1923), continua a ser a capital do multiculturalismo.
Séculos e séculos de história testemunham a convivência e as marcas alternadas de muçulmanos e minorias de cristãos e judeus. E as mesquitas, igrejas e palácios antigos dos sultões estão lá para o confirmar.
Com um legado arquitectónico de que poucas cidades se podem orgulhar, às vezes opulente, às vezes exuberante, Istambul, ou Bizâncio e Constantinopla, (conforme a sucessão dos impérios), exibe a beleza postal dos minaretes mas também as estátuas de Atatürk. A imagem do fundador da República (1923), conhecido como o pai da Turquia, está um pouco por toda a cidade e remete para o conceito de modernidade que o mesmo procurou instituir. Resultado? O conjunto sai a ganhar e o contraste é ainda mais apetecível.
Cosmopolita e tradicional
A vida na cidade corre sem sobressaltos, apenas interrompida pelo chamamento da oração, cinco vezes ao dia. A segurança reina e a sensação que se tem é a de um kebab cultural.
Os bairros têm identidades muito próprias, e vão desde os mais cosmopolitas (Beyoglu, com a conhecida praça de Taksim), aos mais tradicionais e turísticos como Sultanahmet. Este é habitualmente descrito como o coração da cidade antiga, e é aqui que ficam os grandes monumentos classificados pela UNESCO, como a Mesquita Azul ou a Igreja de Santa Sofia, o Hipódromo ou o Palácio de Topkapi, a mais emblemática residência dos sultões, com vista para o Corno de Ouro, o Bósforo e o Mar de Mármara.
E até os bazares, à parte o elemento comum dos cheiros, cores e fácil desorientação geográfica e de sentidos, parecem desempenhar papéis distintos e complementares. O Grande Bazar é o maior e mais turístico (até nos preços), e ponto de visita obrigatório para quem se quer emaranhar nas mais de 3.000 lojas. Já o Bazar Egípcio ou Mercado das Especiarias funciona um pouco como mercado alternativo, onde os locais preferem fazer as suas compras mas os viajantes também são bem-vindos.
Falta do que fazer é coisa que os turistas não terão em Istambul. Passeios culturais, andar de eléctrico, tomar um chá de maçã, comer um kebab de carneiro, ou até optar por um banho turco, tudo são opções viáveis. Um passeio de ferry no Estreito do Bósforo, para um contacto mais directo com as duas margens - a Europa e a Ásia - é algo que também deve ser feito. O passeio dura aproximadamente uma hora (durante o Inverno, aconselha-se o interior do ferry) e passa em revista mansões otomanas,(algumas para cima de meio milhão de dólares), palácios transformados em hotéis de charme, escolas e universidades, assim como alguns bares e esplanadas.
A experiência não ficará completa sem um espectáculo de dança do ventre. Este tipo de animação faz parte da oferta de alguns restaurantes, como na zona do mercado do peixe de Galatasaray, ou na Torre de Gálata (no bairro de Beyoglu), com uma vista de 360º graus sobre a cidade a partir dos seus esguios 61 metros. Neste caso, aconselha-se a reserva antecipada, sobretudo para grupos, dadas as limitações de espaço.
*A Jornalista viajou a convite da Pacha Tours
Pacha Tours
Programação à partida de Lisboa, Porto e Faro
Istambul é dos principais destinos da Pacha Tours, em voos Turkish Airways. O operador tem vários programas para esta cidade, incluindo pacotes combinados que a ligam a outras regiões da Turquia e países vizinhos. Assim, estão em comercialização o circuito “Tesouros da Turquia” (10 noites, com partida de Lisboa às quintas-feiras); “O Este da Turquia” (14 noites, com partidas de Lisboa à sexta-feira); “Toda a Turquia” (14 noites - partidas de Lisboa e Porto às quintas e sextas-feiras); “Istambul + Capadócia (7 noites, partidas de Porto e Lisboa aos domingos); “Tuquirama” (7 noites, partida de Lisboa, Porto e Faro aos domingos); “Maravilhas da Turquia (7 noites, partida de Lisboa às terças-feiras); “Porta do Oriente” (9 noites, partidas de Lisboa, Porto e Faro aos domingos); “À descoberta do Iémen” (9 noites, partidas de Lisboa, Porto e Faro aos domingos); e “À descoberta do Uzbequistão” (11 noites).
TravelTips
Programação à partida de Lisboa, Porto e Faro
Istambul é dos principais destinos da Pacha Tours, em voos Turkish Airways. O operador tem vários programas para esta cidade, incluindo pacotes combinados que a ligam a outras regiões da Turquia e países vizinhos. Assim, estão em comercialização o circuito “Tesouros da Turquia” (10 noites, com partida de Lisboa às quintas-feiras); “O Este da Turquia” (14 noites, com partidas de Lisboa à sexta-feira); “Toda a Turquia” (14 noites - partidas de Lisboa e Porto às quintas e sextas-feiras); “Istambul + Capadócia (7 noites, partidas de Porto e Lisboa aos domingos); “Tuquirama” (7 noites, partida de Lisboa, Porto e Faro aos domingos); “Maravilhas da Turquia (7 noites, partida de Lisboa às terças-feiras); “Porta do Oriente” (9 noites, partidas de Lisboa, Porto e Faro aos domingos); “À descoberta do Iémen” (9 noites, partidas de Lisboa, Porto e Faro aos domingos); e “À descoberta do Uzbequistão” (11 noites).
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Istambul
A cidade tem um parque hoteleiro bastante diversificado. Desde a versão B&B, menos difundida no mercado português, ao hotel de charme, Istambul ostenta várias marcas de renome - do Ritz ao Intercontinental e Kempinski - com unidades recentemente inauguradas e novas em perspectiva.
A gastronomia é rica, sendo o kebab de carneiro uma das especialidades turcas. Destacam-se também o “haidari” (iogurte com alho), o “borek” (prato à base de endíveas), o “açik pide” (uma espécie de pizza).Tudo deve ser acompanhado por um sonoro brinde que o mesmo é dizer ‘serefe’, e no final rematado com uns “Baklava” (pequenos bolos feitos à base de mel e frutos secos).
O trânsito é uma das características da cidade. Sem grande congestionamento, a distância percorrida entre o aeroporto e o centro da cidade é de aproximadamente meia hora ou 45 minutos.
As principais atracções turísticas estão na margem europeia. A maioria da população vive do lado asiático e trabalha no lado europeu.
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